Histórico do Banco do Brasil
Um breve histórico ...
Por constituir-se no maior centro de
comercialização de gado da América Latina, Três Corações, na década de 1910,
polarizava grande integrado no processo de desenvolvimento e sensível aos
fenômenos emergentes das diversas regiões da nação, inaugura, a 5 de julho de
1916, sua 12ª agência e a 1ª no Estado de Minas Gerais.
Instalada em uma pequena loja da Rua Direita, ao lado do Hotel Avenida,
acompanhou e amparou as atividades produtivas não só do município como de uma
vasta região do Sul de Minas, estendendo o Crédito, como o faz até os dias presentes, ao comércio,
indústria e à agropecuária.
A 12 de maio de 1929, em solenidade presidida pelo então Diretor Dr.
Rodopho Ambronn, por coincidência seu primeiro gerente, inaugurava-se o prédio
próprio, obra que realçava pela imponência de suas linhas. Tal construção, a
primeira da cidade onde se utilizou largamente o cimento em barricas importado
da Inglaterra, custou ao Banco a vultuosa quantia de r$. 219.000$000 ( duzentos
e dezenove conto de réis).
Embora com o declínio, nos anos subsequentes, do movimento da Feira de
Gado, o Banco continuou cumprindo o seu papel de impulsionador do progresso, atualizando suas atividades e
compatilizando suas operações às exigências conjunturais da economia regional .
Esta evolução trouxe como consequência a necessidade de um quadro de
servidores maior e instalação que mais se adequassem ao sistema bancário atual.
Com a inauguração do novo edifício, dotado dos mais modernos requisitos de
engenharia, o Baco do Brasil S. A.
estabelece mais um marco de sua presença pioneira em Três Corações.
Aos 5 de julho de 1991, com a presença de
autoridades, diretores e representantes da Direção Geral e as mais expressivas
figuras da sociedade, a Agência comemorou condignamente os seus 75 anos de
presença em nossa Três Corações. Foi um acontecimento inesquecível.
BANCO DO BRASIL
UM PIONEIRO
Três
Corações era uma cidade muito pequena, de ruas estreitas, empoeiradas a todo
instante pelo tropel das boiadas que
pisavam aquele chão, tangidas pelos
boiadeiros cansados das longas jornadas. Mais parecia com as cidadezinhas do
oeste norte americano, na época da corrida do ouro, tal o seu intenso
movimento.
A
cidade fervilhava, o pequeno hotel e as
pensões viviam cheios de figuras bisonhas e tipos e estranhos. Fortunas
passavam de mãos em mãos, não só em transações vultuosas de gado como também
nas mesas de jogo e nos “Saloons” alegres e movimentados.
Uma
palavra mágica bailava nos lábios de quantos vinham à cidade: FEIRA. A feira de
gado que a tornava falada, famosa e conhecida em toda região e nos Estados
vizinhos.
Era a terra abençoada pelos três sagrados
corações de Jesus, Maria e José.
Era a
terra querida, cujo rio tão verde, corta
o seu chão e, voltas perfeitas, fazendo o desenho de três corações.
Era a
terra dos três boiadeiros que ali
aportaram e levaram consigo a saudade no peito, deixando o amor nos corações de
Jacira, Juçara, Moema . . .
Era
TRÊS CORAÇÕES DO RIO VERDE, cidade sorriso
do sul de Minas Gerais. Cidade pequena, cidade empoeirada, cidade de mil
e um forasteiros e que só se orgulhava da sua “Feira de Gado”. Também,
estávamos em 1916 . . .
Com
todo aquele ouro, com aquela dinheirama correndo, com aquele entra e sai de
forasteiros, andar com muito dinheiro era uma temeridade e o portador tinha que
aceitar o risco, uma vez que a cidade não possuía uma agência bancária, um
“cofre forte”, onde se pudesse guardar com segurança o dinheiro.
Um dia
corre a notícia de que seria instalado em Três Corações o Banco do Brasil.
Ninguém acreditou, pois naquela época nem São Paulo, nem Belo Horizonte,
nenhuma cidade de Minas Gerais tinha tal
agência, quanto mais Três Corações.
Chegou
o dia 4 de julho de 1916. À noite, quando o chefe do trem anunciou a parada em
Três Corações do Rio Verde, quatro figuras se levantavam de suas poltronas com os ossos moidos pela viagem de quase 15
horas no “agradável” sacolejo da Rede. Eram o dr. Rodopho Ambronn Mello, Reis e
Ramiro. Um gerente, um contador, um caixa e um escriturário que acabavam de
chegar para iniciarem no dia seguinte, 5 de julho de 1916, os trabalhos na nova
agência: BANCO DO
BRASIL S7A
TRÊS CORAÇÕES DO RIO
VERDE
Além
das malas que continham seus pertences pessoais, havia uma outra que merecera
uma atenção especial durante toda a viagem pois vinha trazendo a pequena
fortuna de cinco contos de réis, contribuição inicial do Banco ao impulso e
desenvolvimento da terra dos corações. Chegaram sem alarde, sem festas, sem
discursos e deram início ao trabalho em benefício daquela cidadezinha.
Nosso
povo recebeu aquele pessoal com os braços abertos e com o sorriso amigo que
prende a todos quantos aqui chegam, sem sequer imaginar o quanto representaria
na vida do município a instalação daquela pequena agência que também
cresceria com o progresso daquele
rincão.
Por
infelicidade, pouco tempo depois de o Banco iniciar suas atividades em Três
Corações, a Feira de gado entrou em declínio. As reses já não chegavam em
quantidade para serem embarcadas até às fontes de consumo. O movimento
passara-se para o interior de São Paulo. Os negócios não iam lá muito bem, uma
vez que a região empobrecera bastante. Já não se ouviam com tanta intensidade o
riso alegre e fácil dos boiadeiros e dos viajantes, que começaram a
desaparecer.
O Banco
do Brasil iria fechar suas portas? – era uma preocupação constante do povo da
terra. Entretanto , a Superior Administração daquela casa, agindo mais com o
coração que com a razão, foi mantendo a agência na cidade, mesmo a duros
revezes, prestando sua assistência ao município, sem usufruir as justas
vantagens por seu trabalho. Era como mão dadivosa que espalhava o bem sem
esperar recompensa.
Os
tempos foram passando e a situação não mudava. O Banco, ao invés de cessar suas
atividades, fez mais pela cidadezinha que ainda era muito simples em 1927.
Comprou terrenos na rua principal e iniciou a construção de um novo prédio,
onde se usou com abastança o cimento, na época importado e acondicionado em
barricas, “ que belo edifício, diziam todos. Também, custou a fortuna de
duzentos e dezenove contos de réis . . .
Na
inauguração, realizada no dia 12 de maio de 1929, os figurões estiveram
presentes e houve festa. A agência recebeu naquele dia com todo orgulho e
carinho o então Diretor, Dr. Rodopho Ambronn, seu primeiro gerente nos idos de
1916.
( o texto acima foi fornecido pela gerência do
Banco do Brasil S/A,
agência de Três Corações.)
Contexto histórico
- Antiga Agência do Minas Caixa -
Ano de 1900, raiar de um novo
século! Era instalada em nossa cidade
uma Feira de Gado, acontecimento
que transformou Três Corações, na época, no maior centro de comercialização de
bois de toda a América Latina, sendo a feira, a única no estado de Minas Gerais
que possuía o privilégio de embarcar gado para exportação.
Este intenso movimento de animais vindos de vários estados, gerou uma vida
nova; era a chegada do progresso em nosso município.
O embarque do gado era feito através de dois trens especiais, diários, e o
dinheiro para os pagamentos efetuados nas
transações era proveniente do Rio de Janeiro, através de um portador, já que
não existia nenhuma agência bancária na cidade. O movimento de gado efetuado
era tamanho, que toda a carne consumida
na cidade do Rio de Janeiro, nesta época, provinha de Três Corações.
A cidade era muito pequena, de ruas
estreitas, empoeiradas a todo instante pelo tropel das boiadas que pisavam
aquele chão, tangidas pelos boiadeiros cansados das longas jornadas.
Mais parecia com as cidadezinhas do oeste norte americano, na época da corrida
do ouro, tal o seu intenso movimento.
A cidade fervilhava, o pequeno hotel
e as pensões viviam cheios de figuras bisonhas e tipos estranhos. Fortunas passavam de mãos em mãos,
não só em transações vultuosas de gado como também nas mesas de jogos e nos
“Saloons” alegres e movimentados.
Uma palavra mágica bailava nos lábios de quantos vinham à cidade: FEIRA. A
feira de gado que a tornava falada, famosa e conhecida em toda região e nos
estados vizinhos, prosperava a cada dia..
Por constituir-se no maior centro de
comercialização de gado da América Latina, Três Corações, na década de 1910,
polarizava grande importância na
economia do país. O Banco do Brasil, já então.integrado no processo de
desenvolvimento e sensível aos fenômenos emergentes das diversas regiões da
nação.
Era a terra abençoada pelos três
sagrados corações de Jesus, Maria e José.
Era a terra querida, cujo rio tão
verde, corta o seu chão e, voltas perfeitas, fazendo o desenho de três
corações.
Era a terra dos três boiadeiros que
ali aportaram e levaram consigo a saudade no peito, deixando o amor nos
corações de Jacira, Juçara, Moema . . .
Era Três Corações do Rio Verde, cidade sorriso do sul de Minas Gerais. Cidade pequena,
cidade empoeirada, cidade de mil e um forasteiros e que só se orgulhava da sua
“Feira de Gado”. Estávamos em 1916.Com toda aquela dinheirama correndo e com o
entra e sai dos forasteiros, andar com muito dinheiro era uma temeridade e o
portador tinha que aceitar o risco, uma vez que a cidade não possuía uma
agência bancária, um “cofre forte”, onde se pudesse guardar com segurança o
dinheiro.
Um dia, corre a notícia de que seria instalado em Três Corações o Banco do
Brasil. Ninguém acreditava, pois naquela época nem São Paulo, nem Belo
Horizonte ou nenhuma cidade de Minas
Gerais tinha tal agência, quanto mais Três Corações.
Chegou o dia 4 de julho de 1916. À noite, quando o chefe do trem anunciou a
parada em Três Corações do Rio Verde, quatro figuras se levantavam de suas
poltronas com os ossos moídos pela
viagem de quase 15 horas no “agradável” sacolejo do trem. Eram o Dr. Rodopho
Ambronn, Mello Viana, Reis e Ramiro. Um gerente, um contador, um caixa e um
escriturário que acabavam de chegar para iniciarem no dia seguinte, 5 de julho
de 1916, os trabalhos na nova agência, a
12º agência do país e a 1ª no estado de Minas Gerais.
Além das malas que continham seus pertences pessoais, havia uma outra que
merecera uma atenção especial durante toda a viagem pois vinha trazendo uma
pequena fortuna de cinco contos de réis, contribuição inicial do banco ao
impulso e desenvolvimento da Terra dos Corações. Chegaram sem alarde, sem
festas, sem discursos e deram início ao trabalho.
Nosso povo recebeu aquele pessoal com os braços abertos e com o sorriso
amigo que prende a todos quantos aqui chegam, sem sequer imaginar o quanto
representaria na vida do município a instalação daquela pequena agência, que
também cresceria com o progresso daquele rincão.
Instalada em uma pequena loja da Rua Direita, ao lado do extinto Hotel
Avenida, acompanhou e amparou as atividades produtivas não só do município como
de uma vasta região do Sul de Minas, estendendo o crédito, ao comércio,
indústria e à agro-pecuária.
que também cresceria com o progresso daquele rincão.
presentes.
Por infelicidade, pouco tempo depois de o banco iniciar suas atividades em
Três Corações, a feira de gado entrou em declínio. As reses já não chegavam em
quantidade para serem embarcadas até às fontes de consumo. O movimento
passara-se para o interior de São Paulo. Os negócios não iam lá muito bem, uma
vez que a região empobrecera bastante. Já não se ouviam com tanta intensidade o
riso alegre e fácil dos boiadeiros e dos viajantes, que começaram a
desaparecer.
O Banco do Brasil iria fechar suas portas? – era uma preocupação constante
do povo da terra. Entretanto , a Superior Administração daquela casa, agindo
mais com o coração que com a razão, foi mantendo a agência na cidade, mesmo a
duros revezes, prestando sua assistência ao município, sem usufruir as justas
vantagens por seu trabalho. Era como mão dadivosa que espalhava o bem sem
esperar recompensa.
Os tempos foram passando e a situação não mudava. O Banco, ao invés de
cessar suas atividades, fez mais pela cidade, acreditou e confiou no futuro e no natural
desenvolvimento da cidade, impôs a construção de um prédio novo, próprio, amplo
e adequado as condições vigentes.
Comprou terrenos na rua principal, rua Direita e iniciou a construção de um
novo prédio, onde se usou com abastança o cimento, na época importado e
acondicionado em barricas.
_ “ Que belo edifício!” diziam todos. Também, custou a fortuna de duzentos
e dezenove contos de réis .
Em 12 de maio de 1929, em
solenidade presidida pelo então Diretor Dr. Rodopho Ambronn, por coincidência
seu primeiro gerente, inaugurava-se o
prédio próprio, obra que realçava pela imponência de suas linhas. Os
figurões estiveram presentes e houve festa.; a agência recebeu naquele dia com
todo orgulho e carinho, seu primeiro gerente nos idos de 1916. O novo edifício
era dotado dos mais modernos requisitos de engenharia. Sua arquitetura, em
estilo neo clássico, foi projetada pelo eminente engenheiro-arquiteto Dr. Luís
Signorelli, sob a responsabilidade técnica do engenheiro-construtor Dr. Levy
Castex.
Dr. Luiz Signorelli era natural de Cristina, MG, veio para Três Corações
ainda menino. Formando-se em arquitetura, em 1925, no Rio de Janeiro, é
responsável por obras de porte, tendo
sua capacidade reconhecida internacionalmente. Em Belo Horizonte, projetou os
prédios da Secretária de Agricultura, da Secretária do Interior, da Academia
Mineira de Letras, do Automóvel Clube, do Edifício do Banco do Comércio e
Industria, do Hotel Sul-americano e outros. Em Araxá é responsável pelo
conjunto das Termas, englobando o Hotel, Balneário, fonte D. Beija e Praça de
Esporte.
Em 1978, com a construção de uma nova agência para o Banco do Brasil S/A,
este prédio é vendido, passando a sediar a Caixa Econômica Estadual, até o ano
de 1990, quando a instituição é fechada, passando a pertencer ao Banco Central.
Aos 5 de julho de 1991, com a presença de autoridades, diretores e
representantes da Direção Geral e as mais expressivas figuras da sociedade, a
Agência comemorou condignamente os seus 75 anos de presença em nossa Três
Corações.
Caynã,
ResponderExcluirPreciso entrar em contato com você, à respeito de uma matéria sobre o Centenário do BB, que estamos fazendo na FOLHA TRICORDIANA.
Nosso tel. é 98896-7140 (Flávio Ortiz) e e-mail: flaviortizft@gmail.com
Um abraço,
Flávio
Caynã,
ResponderExcluirPreciso entrar em contato com você, à respeito de uma matéria sobre o Centenário do BB, que estamos fazendo na FOLHA TRICORDIANA.
Nosso tel. é 98896-7140 (Flávio Ortiz) e e-mail: flaviortizft@gmail.com
Um abraço,
Flávio