terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Bens tombados de Três Corações - Primeira Agência do Banco do Brasil em MG e 12° do Brasil


Histórico do Banco do Brasil

Um breve histórico ...

Por  constituir-se no maior centro de comercialização de gado da América Latina, Três Corações, na década de 1910, polarizava grande integrado no processo de desenvolvimento e sensível aos fenômenos emergentes das diversas regiões da nação, inaugura, a 5 de julho de 1916, sua 12ª agência e a 1ª no Estado de Minas Gerais.
Instalada em uma pequena loja da Rua Direita, ao lado do Hotel Avenida, acompanhou e amparou as atividades produtivas não só do município como de uma vasta região do Sul de Minas, estendendo o Crédito, como  o faz até os dias presentes, ao comércio, indústria e à agropecuária.
A 12 de maio de 1929, em solenidade presidida pelo então Diretor Dr. Rodopho Ambronn, por coincidência seu primeiro gerente, inaugurava-se o prédio próprio, obra que realçava pela imponência de suas linhas. Tal construção, a primeira da cidade onde se utilizou largamente o cimento em barricas importado da Inglaterra, custou ao Banco a vultuosa quantia de r$. 219.000$000 ( duzentos e dezenove conto de réis).
Embora com o declínio, nos anos subsequentes, do movimento da Feira de Gado, o Banco continuou cumprindo o seu papel de impulsionador do  progresso, atualizando suas atividades e compatilizando suas operações às exigências conjunturais da economia regional .
Esta evolução trouxe como consequência a necessidade de um quadro de servidores maior e instalação que mais se adequassem ao sistema bancário atual. Com a inauguração do novo edifício, dotado dos mais modernos requisitos de engenharia,  o Baco do Brasil S. A. estabelece mais um marco de sua presença pioneira em Três Corações.
Aos 5 de julho de 1991, com a presença de autoridades, diretores e representantes da Direção Geral e as mais expressivas figuras da sociedade, a Agência comemorou condignamente os seus 75 anos de presença em nossa Três Corações. Foi um acontecimento inesquecível.






BANCO DO BRASIL
UM PIONEIRO


Três Corações era uma cidade muito pequena, de ruas estreitas, empoeiradas a todo instante pelo tropel das boiadas  que pisavam  aquele chão, tangidas pelos boiadeiros cansados das longas jornadas. Mais parecia com as cidadezinhas do oeste norte americano, na época da corrida do ouro, tal o seu intenso movimento.
A cidade fervilhava, o pequeno  hotel e as pensões viviam cheios de figuras bisonhas e tipos e estranhos. Fortunas passavam de mãos em mãos, não só em transações vultuosas de gado como também nas mesas de jogo e nos “Saloons” alegres e movimentados.
Uma palavra mágica bailava nos lábios de quantos vinham à cidade: FEIRA. A feira de gado que a tornava falada, famosa e conhecida em toda região e nos Estados vizinhos.
Era  a terra abençoada pelos três sagrados corações de Jesus, Maria e José.
Era a terra querida,  cujo rio tão verde, corta o seu chão e, voltas perfeitas, fazendo o desenho de três corações.
Era a terra dos três boiadeiros  que ali aportaram e levaram consigo a saudade no peito, deixando o amor nos corações de Jacira, Juçara, Moema . . .
Era TRÊS CORAÇÕES DO RIO VERDE, cidade sorriso  do sul de Minas Gerais. Cidade pequena, cidade empoeirada, cidade de mil e um forasteiros e que só se orgulhava da sua “Feira de Gado”. Também, estávamos em 1916 . . .
Com todo aquele ouro, com aquela dinheirama correndo, com aquele entra e sai de forasteiros, andar com muito dinheiro era uma temeridade e o portador tinha que aceitar o risco, uma vez que a cidade não possuía uma agência bancária, um “cofre forte”, onde se pudesse guardar com segurança o dinheiro.
Um dia corre a notícia de que seria instalado em Três Corações o Banco do Brasil. Ninguém acreditou, pois naquela época nem São Paulo, nem Belo Horizonte, nenhuma cidade  de Minas Gerais tinha tal agência, quanto mais Três Corações.
Chegou o dia 4 de julho de 1916. À noite, quando o chefe do trem anunciou a parada em Três Corações do Rio Verde, quatro figuras se levantavam de suas poltronas  com os ossos moidos pela viagem de quase 15 horas no “agradável” sacolejo da Rede. Eram o dr. Rodopho Ambronn Mello, Reis e Ramiro. Um gerente, um contador, um caixa e um escriturário que acabavam de chegar para iniciarem no dia seguinte, 5 de julho de 1916, os trabalhos na nova agência:                     BANCO DO BRASIL S7A
                          TRÊS CORAÇÕES DO RIO VERDE
Além das malas que continham seus pertences pessoais, havia uma outra que merecera uma atenção especial durante toda a viagem pois vinha trazendo a pequena fortuna de cinco contos de réis, contribuição inicial do Banco ao impulso e desenvolvimento da terra dos corações. Chegaram sem alarde, sem festas, sem discursos e deram início ao trabalho em benefício daquela cidadezinha.
Nosso povo recebeu aquele pessoal com os braços abertos e com o sorriso amigo que prende a todos quantos aqui chegam, sem sequer imaginar o quanto representaria na vida do município a instalação daquela pequena agência que também cresceria  com o progresso daquele rincão.
Por infelicidade, pouco tempo depois de o Banco iniciar suas atividades em Três Corações, a Feira de gado entrou em declínio. As reses já não chegavam em quantidade para serem embarcadas até às fontes de consumo. O movimento passara-se para o interior de São Paulo. Os negócios não iam lá muito bem, uma vez que a região empobrecera bastante. Já não se ouviam com tanta intensidade o riso alegre e fácil dos boiadeiros e dos viajantes, que começaram a desaparecer.
O Banco do Brasil iria fechar suas portas? – era uma preocupação constante do povo da terra. Entretanto , a Superior Administração daquela casa, agindo mais com o coração que com a razão, foi mantendo a agência na cidade, mesmo a duros revezes, prestando sua assistência ao município, sem usufruir as justas vantagens por seu trabalho. Era como mão dadivosa que espalhava o bem sem esperar recompensa.
Os tempos foram passando e a situação não mudava. O Banco, ao invés de cessar suas atividades, fez mais pela cidadezinha que ainda era muito simples em 1927. Comprou terrenos na rua principal e iniciou a construção de um novo prédio, onde se usou com abastança o cimento, na época importado e acondicionado em barricas, “ que belo edifício, diziam todos. Também, custou a fortuna de duzentos e dezenove contos de réis . . .
Na inauguração, realizada no dia 12 de maio de 1929, os figurões estiveram presentes e houve festa. A agência recebeu naquele dia com todo orgulho e carinho o então Diretor, Dr. Rodopho Ambronn, seu primeiro gerente nos idos de 1916.     

 ( o texto acima foi fornecido pela gerência do Banco do Brasil S/A,
   agência de Três Corações.)

Contexto histórico
- Antiga Agência do Minas Caixa -


Ano de 1900,  raiar de um novo século! Era instalada em nossa cidade  uma  Feira de Gado, acontecimento que transformou Três Corações, na época, no maior centro de comercialização de bois de toda a América Latina, sendo a feira, a única no estado de Minas Gerais que possuía o privilégio de embarcar gado para exportação.
Este intenso movimento de animais vindos de vários estados, gerou uma vida nova; era a chegada do progresso em nosso município.
O embarque do gado era feito através de dois trens especiais, diários, e o dinheiro para os pagamentos efetuados nas transações era proveniente do Rio de Janeiro, através de um portador, já que não existia nenhuma agência bancária na cidade. O movimento de gado efetuado era tamanho, que  toda a carne consumida na cidade do Rio de Janeiro, nesta época, provinha de Três Corações.
A cidade era  muito pequena, de ruas estreitas, empoeiradas a todo instante pelo tropel das boiadas  que pisavam  aquele chão, tangidas pelos boiadeiros cansados das longas jornadas. Mais parecia com as cidadezinhas do oeste norte americano, na época da corrida do ouro, tal o seu intenso movimento.
A cidade fervilhava, o pequeno  hotel e as pensões viviam cheios de figuras bisonhas e tipos  estranhos. Fortunas passavam de mãos em mãos, não só em transações vultuosas de gado como também nas mesas de jogos e nos “Saloons” alegres e movimentados.
Uma palavra mágica bailava nos lábios de quantos vinham à cidade: FEIRA. A feira de gado que a tornava falada, famosa e conhecida em toda região e nos estados vizinhos, prosperava a cada dia..
Por  constituir-se no maior centro de comercialização de gado da América Latina, Três Corações, na década de 1910, polarizava grande importância  na economia do país. O Banco do Brasil, já então.integrado no processo de desenvolvimento e sensível aos fenômenos emergentes das diversas regiões da nação.
Era  a terra abençoada pelos três sagrados corações de Jesus, Maria e José.
Era a terra querida,  cujo rio tão verde, corta o seu chão e, voltas perfeitas, fazendo o desenho de três corações.
Era a terra dos três boiadeiros  que ali aportaram e levaram consigo a saudade no peito, deixando o amor nos corações de Jacira, Juçara, Moema . . .
Era Três Corações do Rio Verde, cidade sorriso  do sul de Minas Gerais. Cidade pequena, cidade empoeirada, cidade de mil e um forasteiros e que só se orgulhava da sua “Feira de Gado”. Estávamos em 1916.Com toda aquela dinheirama correndo e com o entra e sai dos forasteiros, andar com muito dinheiro era uma temeridade e o portador tinha que aceitar o risco, uma vez que a cidade não possuía uma agência bancária, um “cofre forte”, onde se pudesse guardar com segurança o dinheiro.
Um dia, corre a notícia de que seria instalado em Três Corações o Banco do Brasil. Ninguém acreditava, pois naquela época nem São Paulo, nem Belo Horizonte ou nenhuma cidade  de Minas Gerais tinha tal agência, quanto mais Três Corações.
Chegou o dia 4 de julho de 1916. À noite, quando o chefe do trem anunciou a parada em Três Corações do Rio Verde, quatro figuras se levantavam de suas poltronas  com os ossos moídos pela viagem de quase 15 horas no “agradável” sacolejo do trem. Eram o Dr. Rodopho Ambronn, Mello Viana, Reis e Ramiro. Um gerente, um contador, um caixa e um escriturário que acabavam de chegar para iniciarem no dia seguinte, 5 de julho de 1916, os trabalhos na  nova agência, a 12º agência do país e a 1ª no estado de Minas Gerais.
Além das malas que continham seus pertences pessoais, havia uma outra que merecera uma atenção especial durante toda a viagem pois vinha trazendo uma pequena fortuna de cinco contos de réis, contribuição inicial do banco ao impulso e desenvolvimento da Terra dos Corações. Chegaram sem alarde, sem festas, sem discursos e deram início ao trabalho.
Nosso povo recebeu aquele pessoal com os braços abertos e com o sorriso amigo que prende a todos quantos aqui chegam, sem sequer imaginar o quanto representaria na vida do município a instalação daquela pequena agência, que também cresceria com o progresso daquele rincão.
Instalada em uma pequena loja da Rua Direita, ao lado do extinto Hotel Avenida, acompanhou e amparou as atividades produtivas não só do município como de uma vasta região do Sul de Minas, estendendo o crédito, ao comércio, indústria e à agro-pecuária.
 que também cresceria  com o progresso daquele rincão.
presentes.
Por infelicidade, pouco tempo depois de o banco iniciar suas atividades em Três Corações, a feira de gado entrou em declínio. As reses já não chegavam em quantidade para serem embarcadas até às fontes de consumo. O movimento passara-se para o interior de São Paulo. Os negócios não iam lá muito bem, uma vez que a região empobrecera bastante. Já não se ouviam com tanta intensidade o riso alegre e fácil dos boiadeiros e dos viajantes, que começaram a desaparecer.
O Banco do Brasil iria fechar suas portas? – era uma preocupação constante do povo da terra. Entretanto , a Superior Administração daquela casa, agindo mais com o coração que com a razão, foi mantendo a agência na cidade, mesmo a duros revezes, prestando sua assistência ao município, sem usufruir as justas vantagens por seu trabalho. Era como mão dadivosa que espalhava o bem sem esperar recompensa.
Os tempos foram passando e a situação não mudava. O Banco, ao invés de cessar suas atividades, fez mais pela cidade, acreditou e  confiou no futuro e no natural desenvolvimento da cidade, impôs a construção de um prédio novo, próprio, amplo e adequado as condições vigentes.
Comprou terrenos na rua principal, rua Direita e iniciou a construção de um novo prédio, onde se usou com abastança o cimento, na época importado e acondicionado em barricas.
_ “ Que belo edifício!” diziam todos. Também, custou a fortuna de duzentos e dezenove contos de réis .
  Em 12 de maio de 1929, em solenidade presidida pelo então Diretor Dr. Rodopho Ambronn, por coincidência seu primeiro gerente, inaugurava-se o  prédio próprio, obra que realçava pela imponência de suas linhas. Os figurões estiveram presentes e houve festa.; a agência recebeu naquele dia com todo orgulho e carinho, seu primeiro gerente nos idos de 1916. O novo edifício era dotado dos mais modernos requisitos de engenharia. Sua arquitetura, em estilo neo clássico, foi projetada pelo eminente engenheiro-arquiteto Dr. Luís Signorelli, sob a responsabilidade técnica do engenheiro-construtor Dr. Levy Castex.
Dr. Luiz Signorelli era natural de Cristina, MG, veio para Três Corações ainda menino. Formando-se em arquitetura, em 1925, no Rio de Janeiro, é responsável por obras de  porte, tendo sua capacidade reconhecida internacionalmente. Em Belo Horizonte, projetou os prédios da Secretária de Agricultura, da Secretária do Interior, da Academia Mineira de Letras, do Automóvel Clube, do Edifício do Banco do Comércio e Industria, do Hotel Sul-americano e outros. Em Araxá é responsável pelo conjunto das Termas, englobando o Hotel, Balneário, fonte D. Beija e Praça de Esporte.
Em 1978, com a construção de uma nova agência para o Banco do Brasil S/A, este prédio é vendido, passando a sediar a Caixa Econômica Estadual, até o ano de 1990, quando a instituição é fechada, passando a  pertencer ao Banco Central.
Aos 5 de julho de 1991, com a presença de autoridades, diretores e representantes da Direção Geral e as mais expressivas figuras da sociedade, a Agência comemorou condignamente os seus 75 anos de presença em nossa Três Corações.


2 comentários:

  1. Caynã,
    Preciso entrar em contato com você, à respeito de uma matéria sobre o Centenário do BB, que estamos fazendo na FOLHA TRICORDIANA.
    Nosso tel. é 98896-7140 (Flávio Ortiz) e e-mail: flaviortizft@gmail.com
    Um abraço,
    Flávio

    ResponderExcluir
  2. Caynã,
    Preciso entrar em contato com você, à respeito de uma matéria sobre o Centenário do BB, que estamos fazendo na FOLHA TRICORDIANA.
    Nosso tel. é 98896-7140 (Flávio Ortiz) e e-mail: flaviortizft@gmail.com
    Um abraço,
    Flávio

    ResponderExcluir